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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ainda falando sobre ética...

Não contente em pedir um trabalho, a professora de Ética pede mais um...
Segue abaixo meus devaneios sobre a ética no mundo atual, e no mundo jornalístico.

Lula culpa mídia por parte dos crimes contra jovens

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou ontem parcialmente os meios de comunicação de massa pela ocorrência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes durante o 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio. Segundo ele, a mídia contribui com sua programação para a degradação da família com a divulgação sem limite de cenas de sexo e violência. Lula criticou a falta de programação cultural de qualidade dirigida aos públicos infantil e jovem na TV.
De acordo com o presidente, o crescimento do número de menores submetidos a ataques sexuais não é causado apenas pela pobreza que, admitiu, muitas vezes leva a criança a “vender seus corpos por um prato de comida”. “Um outro ingrediente, além do econômico, é o processo de degradação a que está submetida a humanidade, a partir da família, pela qualidade das informações que recebemos pelos meios de comunicações 24 horas por dia”, afirmou o presidente.
Na hora em que a família entra num processo de degradação que passa pelo econômico, passa pelo social mas passa pelo que ela vê na televisão 24 horas por dia. Quem tem televisão a cabo, sabe do que falo. É sexo e violência de manhã, de tarde e de noite. Quantos programas culturais temos nas televisões para que as crianças possam ver às 7h, às 10h, ao meio-dia, 14h, 18h?? Projeto de lei que torna mais clara a legislação contra material pornográfico contra crianças e adolescentes foi sancionado por Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilemas éticos contemporâneos vividos na mídia brasileira

Essa notícia que foi retirada do site do jornal O Estado de S. Paulo, no dia 26 de novembro de 2.008 nos faz refletir sobre algumas das questões que são levantadas ao decorrer do texto.

Primeiramente o papel da mídia e dos jornalistas na sociedade. Os jornalistas devem ser isentos de opinião, e devem se preocupar em relatar o fato com total veracidade, tomando o cuidado de ouvir todas as partes envolvidas, e não devendo de forma alguma tirar proveito da situação para benefício próprio. Cabe aos meios de comunicação, através do material coletado pelos profissionais da área, passar à informação a população em geral, podendo também divertir e educar por meio de sua programação.

O que se vê nos dias de hoje nos meios de comunicação brasileiros, principalmente a televisão e a internet, é uma briga pela conquista de audiência, onde a maioria dos princípios éticos não são respeitados.

A programação exibida pelos canais abertos de TV são carregados de apelos sexuais, eróticos, ou violentos exibidos em horários em sua grande maioria impróprios, quando existe uma grande quantidade de crianças assistindo a essa programação.

Quanto a parte jornalística, o que percebemos é a preocupação em conseguir o “furo” da reportagem, esquecendo – se na maioria das vezes de seguir o código de ética do Jornalista. Outra preocupação é dar a maior repercussão possível do caso, antes mesmo que ele possa ser averiguado de uma maneira mais detalhada. Um exemplo deste comportamento pôde ser visto na cobertura do caso da morte da adolescente seqüestrada por seu ex- namorado. Eloá Pimentel permaneceu seqüestrada por cinco dias, e acabou morta com dois tiros. Enquanto a polícia negociava a liberação dos reféns, que inicialmente eram quatro, depois passou para duas, repórteres cercavam o lugar a procura dos melhores ângulos para fotos e filmagens, e programas de TV ligavam para o seqüestrador para conversar com ele atrapalhando a comunicação dos policias com Lindemberg, o seqüestrador. Também exibiram as vidas das garotas seqüestradas, Eloá e Nayara amiga da vítima que voltou ao apartamento depois de ser solta, mostrando fotos, ouvindo relatos de amigos e parentes, e esquecendo – se que tratava- se duas menores de idade, que não deveriam ter os rostos expostos, e sim ter o máximo de sua privacidade e dignidade preservadas como lhes garante o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente. Tamanha exposição do rosto de Eloá, talvez fosse aceitável, após a sua morte, pois aí ela assumiria o papel de vítima.

Claro que a imprensa deve procurar o novo, que deve sair em busca de flagrantes e denúncias, porém tudo tem o seu limite. Não se deve desrespeitar a população a bombardeando de um mesmo assunto, muitas vezes de forma apelativa, sem fazer o seu papel principal, que é o de além de informar, fazê - la refletir sobre o assunto para que possa assumir uma postura em relação ao ocorrido. O que pode ser percebido, é uma espécie de “lavagem cerebral” feita em que recebe a notícia, que acaba deixando caso parecido com uma novela, onde a população acha que tem o direito de interferir livremente. Até pode – se interferir, mas do modo certo.

Ainda falando sobre a matéria citada no início do texto, é um direito de todo o cidadão que ele tenha a sua dignidade humana respeitada, que são os bens básicos para a vida de qualquer pessoa, como ter onde morar, ter educação, ter direito a informação, entre outros. Quando o presidente cita que uma das causas dos crimes cometidos contra crianças e adolescentes é a pobreza, ele assume, que antes da mídia, ele também tem culpa nisso, pois não garante a quem mora em seu país as condições básicas para que os pais possam educar seus filhos.

E claro, a mídia tem uma grande influência sobre a vida das pessoas, mas se a educação no país fosse prioridade, e fosse levada a sério, talvez grande parte da população não estivesse assim tão vulnerável as atrações de baixa qualidade que são exibidas pela TV, e tivessem maiores condições para opinar, e até por que não protestar, contra o que lhes é proposto assistir nos canais de TV aberto. A educação é um direito de todos, mas infelizmente não é o que vemos em nosso país.

Quanto aos valores éticos, podemos perceber que geralmente são esquecidos, em uma sociedade cada vez mais individualista, onde sentimentos básicos de convivência humana são esquecidos como a solidariedade e o respeito pelo próximo e ao lugar onde vivemos.

Vários foram os filósofos que tentaram explicar do que se trata a ética, e a melhor maneira de praticá-la, mas o fato é que enquanto ela não se tornar algo comum em nossas vidas, enquanto ela se mantiver somente nos livros e teorias, continuaremos vivemos do jeito que estamos agora. O que precisamos não são teorias, mas sim formas de como praticá-la.

Obs: Artigo de opinião baseado nas aulas de Legislação e Ética, ministradas pela professora Dorotéia Amaral, no curso de Comunicação Social – Jornalismo, quarto período.

Um comentário:

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xD


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